Leiam as obras e não os "resumos" das mesmas.
Fuvest e Unicamp mantêm lista 2011 de livros obrigatórios para vestibular 2012
São Paulo
Uol Educação
A Fuvest e a Comvest, que organizam os vestibulares da USP e da Unicamp, vão manter a lista de livros obrigatórios para os vestibulares com ingresso em 2012. A lista está vigente desde 2010 - ao manter um ciclo de três anos, a intenção é dar tempo ao estudante do ensino médio para que ele se prepare.
Segundo o manual do candidato do vestibular passado, o vestibulando deve demonstrar "conhecimento das obras representativas dos diferentes períodos das literaturas brasileira e portuguesa. O conhecimento desse repertório implica a capacidade de analisar e interpretar os textos, reconhecendo seus diferentes gêneros e modalidades, bem como seus elementos de composição, tanto aqueles próprios da prosa quanto os da poesia. Implica também a capacidade de relacionar os textos com o conjunto da obra em que se insere, com outros textos e com seus contexto histórico e cultural."
- Auto da barca do inferno - Gil Vicente
- Memórias de um sargento de Milícias - Manuel Antônio de Almeida
- Iracema - José de Alencar
- Dom Casmurro - Machado de Assis
- O Cortiço - Aluísio Azevedo
- A cidade e as serras - Eça de Queirós
- Vidas secas - Graciliano Ramos
- Capitães da areia - Jorge Amado
- Antologia poética (com base na 2ª ed. aumentada) - Vinícius de Moraes.
Bom, então, o mundo gira, roda, e a efemeridade de Heráclito só não se faz presente nessa “mardita” lista de livros de vestibular! Toda ano a mesma coisa. Sem desmerecer Capitu ou Iracema, a literatura se constrói (e se construiu) a partir de moldes que vão além delas. A literatura portuguesa e brasileira conta com autores fabulosos, mas cuja “lista” ou omite, ou os torna chatos. Machado de Assis é um deles, escreveu coisas deliciosas de serem lidas, que retratam o contexto histórico e o movimento literário do momento, e, creiam, não é só “Dom Casmurrro”. Como falar de literatura portuguesa e não mencionar Fernando Pessoa, me pergunto. Como, então falar de literatura brasileira sem falar de Guimarães Rosa – e isso é forte, ele trouxe mudanças sim, e concretas, no lidar com a linguagem – ou Clarice, que dispensa comentários? E por que excluir influências novas? Continua uma lista de livros para alunos que seguem uma apostila, não para alunos que foram apresentados à literatura.
ResponderExcluirMeus pêsames a todos, por mais esse ano.