terça-feira, 8 de março de 2011

Histórias de quem passou no vestibular sem cursinho


É possível passar no vestibular sem fazer cursinho? Essa é uma questão que sempre aparece nas conversas com os alunos do terceiro ano do Ensino Médio.
Essa reportagem do "Terra Educação" é muito interessante pois aponta para uma tendência que percebemos em sala de aula,  a "cultura do cursinho", isto é, o aluno não se dedica aos estudos durante o ensino médio pois acredita que bastará se dedicar ao "cursinho". Bobagem! Somente uma formação sólida criará condições do aluno entrar nas melhores universidades do país. E essa formação exige muita dedicação  e disciplina de estudos. É por falta dela que vemos os alunos fazendo anos de cursinho, afinal  precisam "tirar o atraso" da formação deficitária que tiveram.
Portanto, fazer ou não cursinho depende de vários fatores como a dedicação, a perseverança e a disciplina que o aluno tem nos estudos.
Conheço alunos que passaram em boas universidades sem fazer cursinho e outros que só conseguiram entrar depois do cursinho.
Veja qual é o seu caso e decida-se.
Mirtes
 
Conheça histórias de quem passou no vestibular sem cursinho
Cartola - Agência de Conteúdo
Especial para o Terra
O estudante pernambucano Eriverton José de Souza acordou cedo na manhã do dia 21 de dezembro do ano passado. Ansioso, o estudante de 18 anos atualizava de minuto a minuto o site da Universidade de Pernambuco (UPE), onde o listão de aprovados do vestibular 2011 deveria sair a qualquer momento. O morador de Aliança, interior de Pernambuco, estava apreensivo com o resultado, pois, diferentemente de muitos concorrentes, não tinha frequentado aulas preparatórias para a prova. Mas esforço não faltou: durante todo 2010, Eriverton e um grupo de amigos estudava diariamente na biblioteca pública da cidade. "Eu chegava lá às 7h30min da manhã e ia embora ao meio-dia. E de lá ia direto para a escola", conta. A dedicação foi recompensada: Eriverton encontrou seu nome no 10º lugar na lista dos aprovados para Licenciatura em Matemática, na UPE.
Se antigamente a ordem de conquistas na lista de estudantes era se formar no ensino médio e depois iniciar a faculdade, um item foi acrescentado na lista dos futuros universitários: o cursinho pré-vestibular. Com a concorrência em universidades públicas cada vez mais alta, boa parte dos vestibulandos recorre ao cursinho na busca por uma força extra nos estudos. Porém, mesmo com o número de candidatos por vaga crescendo a cada ano, será que não é possível conquistar um espaço no listão de aprovados sem frequentar as aulas preparatórias?
Para a pedagoga Ivanilde Moreira a resposta é sim, mas exige disciplina, foco e organização. Segundo ela, o pré-vestibular se tornou muito mais uma cultura do que de fato uma necessidade. "Implantou-se tanto a cultura do cursinho que isso virou uma verdade, mas isso é uma inverdade. É possível sim estudar sozinho em casa e conseguir êxito na prova, basta ter disciplina e consciência de que o ano do vestibular é decisivo, portanto vai haver restrições e muito estudo", explica.
Ivanilde ainda afirma que a "cultura do cursinho" tem causado um afrouxamento inconsciente nos estudantes: "O aluno termina o Ensino Médio sem nenhuma preocupação com a faculdade, pois na cabeça dele ainda tem mais um ano de preparação pela frente no pré-vestibular. Ou seja, os jovens têm adiado o sonho de entrar numa universidade, pois se prendem nas aulas preparatórias como o único fator que irá garantir uma vaga", diz.
Alberto Souza Silva, 17 anos, não só passou no vestibular sem fazer cursinho como ostenta o 1º lugar no curso em que se inscreveu: Matemática na Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste). Segundo o morador de Paranacity. a fórmula para o sucesso se resume em uma palavra: equilíbrio. "Minha rotina de estudos não foi muito corrida, pois eu não estudava muito, estudava o suficiente. Aproveitava para revisar conteúdos e tirar dúvidas no colégio, no trabalho e em casa. Nos finais de semana, levava a vida normal, saia com a galera e relaxava", conta. Ele também utilizou as dicas de revistas e sites voltados para vestibulandos.
Diego Lima, 17 anos, morador de Paulo Jacinto, Alagoas, encontrou auxilio com os professores do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Alagoas, onde estudava até o final do ano passado. Segundo o estudante, tirar todas as dúvidas foi o que mais o ajudou: "Estudei em livros, revistas e em materiais de outros anos. Mas o que mais me ajudou foram os professores que tive durante o Ensino Médio", explica o atual universitário de Engenharia Civil da Universidade Federal de Alagoas (UFAL).

Fonte: http://noticias.terra.com.br/educacao/vestibular/noticias/0,,OI4976844-EI12889,00-Conheca+historias+de+quem+passou+no+vestibular+sem+cursinho.html

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