Confesso que
tentei me calar ao ler a “Carta da D. Martha destinada à presidente Dilma”.
Carta carregada de rancor, preconceitos e soluções mágicas para o problema da
pobreza nesse país. Mas, ao ver essa carta sendo compartilhada nas redes
sociais por pessoas até bem intencionadas, não consegui me calar.
Para entendermos
um texto é importante saber quem é o interlocutor e a quem se destina o mesmo,
portanto antes de iniciar a resposta à carta propriamente dita, vamos a alguns
esclarecimentos: D. Martha é Srª. Martha de Freitas Azevedo Pannunzio, agropecuarista, proprietária da Fazenda Água
Limpa, próxima a Uberlândia,MG. Também é professora aposentada de MG.
Sua carta está sendo amplamente divulgada no “Blog do
Antero”. Para quem não sabe o Blog
pertence ao Sr. Antero Paes de Barros, é jornalista e político, atua no PSDB, já foi vereador de Cuiabá, Secretário-chefe da casa civil de Mato
Grosso, Secretário de Comunicação Social
do Mato Grosso, deputado federal e senador da República (1999/2006).
Eu, Mirtes Lessio Castro, 44 anos, professora de História,
Pedagoga, especialista em Gestão Educacional, atuo como coordenadora pedagógica
numa escola de Ensino Fundamental e Médio da Rede Pública do Estado de São
Paulo.
Bom, vou começar colocando a carta da D. Martha e fazendo
algumas colocações pessoais que acho pertinentes à reflexão.
“Bom dia, dona Dilma!
Eu também assisti ao seu pronunciamento risonho e maternal na véspera do Dia das Mães. Como cidadã da classe média, mãe, avó e bisavó, pagadora de impostos escorchantes descontados na fonte no meu contracheque de professora aposentada da rede pública mineira e em cada Nota Fiscal Avulsa de Produtora Rural, fiquei preocupada com o anúncio do BRASIL CARINHOSO.
Brincando de mamãe Noel, dona Dilma? Em ano de eleição municipalista? Faça-me o favor, senhora presidentA!
É preciso que o Brasil crie um mecanismo bastante severo de controle dos impulsos eleitoreiros dos seus executivos (presidente da república, governador e prefeito) para que as matracas de fazer voto sejam banidas da História do Brasil. Setenta reais per capita para as famílias miseráveis que têm filhos entre 0 a 06 anos foi um gesto bastante generoso que vai estimular o convívio familiar destas pessoas, porque elas irão, com certeza, reunir sob o mesmo teto o maior número de dependentes para engordar sua renda. Por outro lado mulheres e homens miseráveis irão correndo para a cama produzir filhos de cinco em cinco anos. Este é, sem dúvida, um plano quinquenal engenhoso de estímulo à vagabundagem, claramente expresso nas diversas bolsas-esmola do governo do PT.”
Eu também assisti ao seu pronunciamento risonho e maternal na véspera do Dia das Mães. Como cidadã da classe média, mãe, avó e bisavó, pagadora de impostos escorchantes descontados na fonte no meu contracheque de professora aposentada da rede pública mineira e em cada Nota Fiscal Avulsa de Produtora Rural, fiquei preocupada com o anúncio do BRASIL CARINHOSO.
Brincando de mamãe Noel, dona Dilma? Em ano de eleição municipalista? Faça-me o favor, senhora presidentA!
É preciso que o Brasil crie um mecanismo bastante severo de controle dos impulsos eleitoreiros dos seus executivos (presidente da república, governador e prefeito) para que as matracas de fazer voto sejam banidas da História do Brasil. Setenta reais per capita para as famílias miseráveis que têm filhos entre 0 a 06 anos foi um gesto bastante generoso que vai estimular o convívio familiar destas pessoas, porque elas irão, com certeza, reunir sob o mesmo teto o maior número de dependentes para engordar sua renda. Por outro lado mulheres e homens miseráveis irão correndo para a cama produzir filhos de cinco em cinco anos. Este é, sem dúvida, um plano quinquenal engenhoso de estímulo à vagabundagem, claramente expresso nas diversas bolsas-esmola do governo do PT.”
D. Martha, é importante lembrar que todos
brasileiros pagam impostos, inclusive os pobres. Aqueles que não os tem retido
na fonte por não terem empregos formais, pagam ao comprar um pãozinho, um
arroz, ou seja lá o que for, até os cidadãos que recebem a bolsa família pagam impostos.
Vale lembrar que ao diminuir o imposto pago pelos produtores e empresários dos produtos
que compõem a cesta básica esperava-se que preço ao consumidor diminuísse o que
não ocorreu. Todos reclamamos de pagar tantos impostos no Brasil, empresários
sempre responsabilizam os impostos pelos preços exorbitantes que pagamos nos
nossos produtos, quando há qualquer aumento de imposto, no dia seguinte as mercadorias
já estão todas remarcadas, mas o mesmo não ocorreu ao vermos os impostos sendo
reduzidos. Por que D. Martha? Por que não cobramos que empresários e produtores
diminuam suas taxas de lucros para que possamos ter um país mais justo? É mais
fácil responsabilizar o governo por todas as mazelas, não é mesmo?
Agora imaginar que setenta reais per capita farão com
que os miseráveis corram para produzir mais filhos é um tanto quanto exagerado,
não é? Sugiro até que a senhora leia um artigo publicado no site “O Globo” (http://oglobo.globo.com/pais/bolsa-familia-mais-de-16-milhao-de-casas-abriram-mao-do-beneficio-8312947)
que destaca o fato de 1 milhão e 690 mil famílias terem aberto mão de receber a
bolsa família. Sabemos que há falhas no sistema, mas achar que todos os
beneficiados por bolsas tornam-se vagabundos crônicos é de uma falta de
conhecimento da realidade da grande maioria do povo brasileiro que é
trabalhadora e que quer ter condições mínimas de viver com dignidade sem
precisar de esmolas de ninguém. D. Martha, temos que tomar cuidado com
generalizações, vagabundos existem em todas
as classes sociais, há pobres vagabundos assim como há ricos vagabundos, ou a
senhora não conhece nenhum jovem rico, ganhador da “bolsa herança” que nada faz
para manter o patrimônio da família ou
para o bem da sociedade? Muitos não é mesmo? Pois é, vagabundagem não está
relacionada à riqueza ou pobreza e sim a caráter. E de uma coisa eu tenho
certeza, a maioria da população pobre e miserável desse país tem caráter.
“É muito fácil dar bom dia com chapéu
alheio. É muito fácil fazer gracinha, jogar para a plateia. É fácil e é um
sintoma evidente de que se trabalha (que se governa, no seu caso) irresponsavelmente. Não falo pelos outros, dona Dilma. Falo
por mim. Não votei na senhora. Sou bastante madura, bastante politizada,
sobrevivente da ditadura militar e radicalmente nacionalista. Eu jamais votei nem votarei num petista,
simplesmente porque a cartilha doutrinária do PT é raivosa e burra. E o governo é paternalista, provedor, pragmático no mau sentido, e
delirante. Vocês são adeptos do quanto pior, melhor. São discricionários, praticantes do bullying mais indecente da História do Brasil. Em 1988 a Assembleia Nacional
Constituinte, numa queda-de-braço espetacular, legou ao Brasil uma Carta Magna
bastante democrática e moderna. No seu Art. 5º está escrito que todos são iguais perante a lei*. Aí,
quando o PT foi ao paraíso, ele completou esta disposição, enfiando goela abaixo das camadas sociais pagadoras de imposto seu modus
governandi a partir do qual todos são iguais perante a lei, menos os que são diferentes: os beneficiários das cotas e das bolsas-esmola. A
partir de vocês. Sr. Luís Inácio e dona Dilma, negro é negro, pobre é pobre e miserável é miserável. E a Constituição que vá para a pqp.”
“Vocês selecionaram estes
brasileiros e brasileiras, colocaram-nos no tronco, como eu faço com o meu
gado, e os marcaram com ferro quente, para não deixar dúvida d e que são mal-nascidos. Não fizeram
propriamente uma exclusão, mas fizeram, com certeza, publicamente, uma apartação étnica e social. E o PROUNI se transformou num
balcão de empréstimo pró escolas superiores particulares de qualidade bem duvidosa, convalidadas pelo Ministério de Educação. Faculdades
capengas, que estavam na UTI financeira e deveriam ter sido fechadas a bem da moralidade, da ética e da saúde intelectual,
empresarial, cultural e política do País. A Câmara Federal endoidou?
O Senado endoidou? O STJ endoidou? O ex-presidente e a atual presidentA endoidaram? Na década de 60 e 70 a gente lutou por uma escola de qualidade, laica, gratuita e democrática. A senhora disse que estava lá, nesta trincheira, se esqueceu disto, dona Dilma? Oi, por favor, alguém pare o trem que eu quero descer!
O Senado endoidou? O STJ endoidou? O ex-presidente e a atual presidentA endoidaram? Na década de 60 e 70 a gente lutou por uma escola de qualidade, laica, gratuita e democrática. A senhora disse que estava lá, nesta trincheira, se esqueceu disto, dona Dilma? Oi, por favor, alguém pare o trem que eu quero descer!
Uma escola pública decente,
realista, sintonizada com um País empreendedor, com uma grade curricular objetiva,
com professores bem remunerados, bem preparados, orgulhosos da carreira, felizes, é disto que o
Brasil precisa. Para ontem. De ensino técnico, profissionalizante.
Para ontem. Nossa grade curricular é tão superficial e supérflua, que o aluno chega ao final do ensino médio incapaz de conjugar um verbo, incapaz de localizar a oração principal de um período composto por coordenação. Não sabe tabuada. Não sabe regra de três. Não sabe calcular juros. Não sabe o nome dos Estados nem de suas capitais. Em casa não sabe consertar o ferro de passar roupa. Não é capaz de
fritar um ovo. O estudante e a estudantA brasileiros só servem para prestar vestibular, para mais nada. E tomar bomba, o que é mais triste. Nossos meninos e jovens leem (quando leem), mas não compreendem o que leram. Estamos na rabeira do mundo, dona Dilma. Acorde! Digo isto com conhecimento de causa porque domino o assunto. Fui a vida toda professora regente da escola pública mineira, por opção política
e ideológica, apesar da humilhação a que Minas submete seus professores. A educação de Minas é uma vergonha, a senhora é mineira (é?), sabe disto tanto quanto eu. Meu contracheque confirma o que estou informando.”
Para ontem. Nossa grade curricular é tão superficial e supérflua, que o aluno chega ao final do ensino médio incapaz de conjugar um verbo, incapaz de localizar a oração principal de um período composto por coordenação. Não sabe tabuada. Não sabe regra de três. Não sabe calcular juros. Não sabe o nome dos Estados nem de suas capitais. Em casa não sabe consertar o ferro de passar roupa. Não é capaz de
fritar um ovo. O estudante e a estudantA brasileiros só servem para prestar vestibular, para mais nada. E tomar bomba, o que é mais triste. Nossos meninos e jovens leem (quando leem), mas não compreendem o que leram. Estamos na rabeira do mundo, dona Dilma. Acorde! Digo isto com conhecimento de causa porque domino o assunto. Fui a vida toda professora regente da escola pública mineira, por opção política
e ideológica, apesar da humilhação a que Minas submete seus professores. A educação de Minas é uma vergonha, a senhora é mineira (é?), sabe disto tanto quanto eu. Meu contracheque confirma o que estou informando.”
D.Martha, não há necessidade
de ferro quente a marcar os mal-nascidos nesse país. A labuta do dia a dia
dessas pessoas já deixa marcas profundas no corpo e na alma dos mesmos. Sobre a
proliferação de cursos superiores de qualidade duvidosa, me lembro muito bem
que se iniciou na gestão do Ministro da Educação Paulo Renato de Souza, no governo
FHC, com um projeto de ampliar a oferta do Ensino Superior, e concordo que
ainda é um problema afinal a cada dia vemos uma “faculdade” de qualidade
duvidosa abrindo as portas. Mas, tenho
que ressaltar que em 8 anos de governo Lula foram abertas 14 Universidades
Federais no Brasil (nos 8 anos de FHC esse número é zero). E em relação ao
Prouni, vale destacar que essas “faculdadezinhas” que abrem em cada esquina não
oferecem bolsas do Prouni, a Universidade para ter direito de oferecer essa
bolsa deve contemplar uma série de requisitos impostos pelo MEC, entre eles o
número de professores mestres e doutores, nota mínima no ENAD etc. Além disso,
posso falar com conhecimento de causa, pois trabalho em escola pública em que
80% dos concluintes de Ensino Médio vão para Universidade graças ao PROUNI, se
não fosse essa bolsa milhares de jovens encerrariam
seus estudos no Ensino Médio.
Uma escola pública decente é
o que todos nós queremos. Que um dia não haja necessidade de cotas e bolsas é
que todos nós queremos. Mas o que fazer com essas gerações de jovens e crianças
que enfrentam a realidade de um sistema educacional que continua
excludente? Deixá-los à própria sorte e
responsabilizá-los pelo possível fracasso profissional?
Defendes o Ensino Técnico e
profissionalizante para todos, não é? Para pobres e ricos? Ou Ensino técnico e
profissionalizante para os pobres e meios acadêmicos/universitários para os
filhos das classes mais abastadas? Só para refletir!
Sobre a questão da
valorização do magistério e humilhação que nós professores enfrentamos no nosso
dia a dia compartilho de vossa indignação, mas nossa luta tem que ser voltada
para os gestores da educação nos estados, essa é uma prerrogativa de uma
república federativa, os estados da federação
gerem, segundo suas próprias normas (sem ferir a LDB 9394/96) a educação, criam suas normas e planos de
carreiras e pelo que bem sei, tanto Minas quanto São Paulo são governados pelo
PSDB há bastante tempo.
“Seu presente para as mães
miseráveis seria muito mais aplaudido se anunciasse apenas duas decisões: um
programa nacional de planejamento familiar a partir do seu exemplo, como mãe de uma única filha, e uma escola de
um turno só, de doze horas. Não sabe como fazer isto? Eu ajudo. Releia Josué de Castro, A GEOGRAFIA DA FOME. Releia Anísio Teixeira.
Releia tudo de Darcy Ribeiro. Revisite os governos gaúcho e
fluminense de seu meio-conterrâneo e companheiro de PDT, Leonel Brizola. Convide o senador Cristovam Buarque para um café-amigo, mesmo que a Casa Civil torça o nariz. Ele tem o mapa da mina. A senhora se lembra dos CIEPs? É disto que o Brasil precisa. De escola em tempo integral, igual para as crianças e adolescentes de todas as camadas, miseráveis ou milionárias. Escola com quatro refeições
diárias, escova de dente e banho. E aulas objetivas, evidentemente. Com biblioteca, auditório e natação. Com um jardim bem cuidado, sombreado, prazeroso. Com uma baita horta, para aprendizado dos alunos e abastecimento da cantina. Escola adequada para os de zero a seis, para estudantes de ensino fundamental e para os de ensino médio, em instalações individuais para um máximo de quinhentos alunos por prédio. Escola no bairro, virando a esquina de casa. De zero a dezessete anos. Dê um pulinho na Finlândia,
dona Dilma. No aero lula dá pra chegar num piscar de olhos. Vá até lá ver como se gerencia a educação pública com responsabilidade e resultado. Enquanto os finlandeses amam a escola, os brasileiros a depredam. Lá eles permanecem. Aqui a evasão é exorbitante.
Educação custa caro? Depende do ponto de vista de quem analisa. Só que educação não é despesa. É investimento. E tem que ser feita por qualquer gestor minimamente sério e minimamente inteligente. Povo educado ganha mais, consome mais, come mais corretamente, adoece menos e recolhe mais imposto para as burras dos governos. Vale à pena investir mais em educação do que em caridade, pelo
menos assim penso eu, materialista convicta.´
fluminense de seu meio-conterrâneo e companheiro de PDT, Leonel Brizola. Convide o senador Cristovam Buarque para um café-amigo, mesmo que a Casa Civil torça o nariz. Ele tem o mapa da mina. A senhora se lembra dos CIEPs? É disto que o Brasil precisa. De escola em tempo integral, igual para as crianças e adolescentes de todas as camadas, miseráveis ou milionárias. Escola com quatro refeições
diárias, escova de dente e banho. E aulas objetivas, evidentemente. Com biblioteca, auditório e natação. Com um jardim bem cuidado, sombreado, prazeroso. Com uma baita horta, para aprendizado dos alunos e abastecimento da cantina. Escola adequada para os de zero a seis, para estudantes de ensino fundamental e para os de ensino médio, em instalações individuais para um máximo de quinhentos alunos por prédio. Escola no bairro, virando a esquina de casa. De zero a dezessete anos. Dê um pulinho na Finlândia,
dona Dilma. No aero lula dá pra chegar num piscar de olhos. Vá até lá ver como se gerencia a educação pública com responsabilidade e resultado. Enquanto os finlandeses amam a escola, os brasileiros a depredam. Lá eles permanecem. Aqui a evasão é exorbitante.
Educação custa caro? Depende do ponto de vista de quem analisa. Só que educação não é despesa. É investimento. E tem que ser feita por qualquer gestor minimamente sério e minimamente inteligente. Povo educado ganha mais, consome mais, come mais corretamente, adoece menos e recolhe mais imposto para as burras dos governos. Vale à pena investir mais em educação do que em caridade, pelo
menos assim penso eu, materialista convicta.´
Sim, D. Martha. Uma política
de planejamento familiar é uma boa, as políticas públicas de vários municípios
que fazem atendimento em domicílios juntamente com os postos de saúde devem ter
essa preocupação de orientação e ajuda às famílias no que se trata de planejamento
familiar. Mais uma vez devemos cobrar daqueles que devem ser cobrados, a
senhora já participou de alguma reunião dos Conselhos Municipais de Saúde do
seu Município? Aqui em Ubatuba (SP) na atual gestão, que é do PT, conselhos são formados e a
população é chamada para debater e opinar e também cobrar, por que não,
políticas públicas de seu interesse.
Sim, mais uma vez voltamos no
que trata a questão da educação que nos é tão carente. O projeto dos CIEP’s do
Sr. Leonel Brizola foi duramente criticado como proposta populista pelos
opositores do mesmo, que aliás são os mesmos que hoje gostam de “bater” em
Lula. Os CEU’s implantados em São Paulo na gestão Marta Suplicy tinham esse
mesmo formato, esse mesmo projeto que a senhora tão bem defende no seu texto.
Mas, também sofreu forte oposição daqueles que perceberam que o sucesso desse
projeto significaria a permanência dela no poder. Então, percebemos que
infelizmente, nesse nosso Brasil, muitos políticos fazem apenas politicagem,
lutam apenas pela manutenção do poder e não pelo interesse da população. Por
isso, é tão urgente uma reforma política nesse país, reforma esta que já havia
sido prometida por João Goulart antes do Golpe e que ficou engavetada até o
governo Lula que ao tentar retomar essa
pauta de discussão foi rejeitada pelos nobres congressistas.
Ah! D. Martha, comparar o
Brasil com a Finlândia é covardia, não é? A Finlândia tem 5,5 milhões de habitantes,
nós temos mais de 200 milhões. A Finlândia possui um dos mais altos índices de
IDH (índice de desenvolvimento humano) do mundo, a renda per capita é de 35.400
dólares, nossa média de renda per capita é de 10.300 dólares. A educação na Finlândia é pública, embora não
sejam proibidas as escolas particulares lá não conseguem se sustentar, pois as
escolas públicas são de qualidade extrema, inclusive todas as 20 (!!)
universidades do país são públicas. Sugestão a todos que pesquisem a política
social na Finlândia antes de compará-la ao Brasil . É uma comparação tão
desproposital. Fica a sugestão de pesquisa: http://www.europarl.europa.eu/workingpapers/soci/w9/default_pt.htm.
D.
Martha tenho certeza que a presidente Dilma também sabe da importância de se
investir em educação, aliás, é dela o projeto para que o dinheiro dos Royalties
do petróleo sejam todos investidos em educação, o que nosso congresso também
está barrando. Mas, um cidadão sem comida no prato, não consegue estudar, não consegue trabalhar,
não consegue nada. A senhora sabe o que é fome? Eu nunca senti, no máximo tive
apetite, mas fome de não ter o que comer, de ir para escola somente para comer
merenda como vejo muitos de meus alunos fazerem, isso nunca senti, e acredito
que a senhora também não. Gosto daquele ditado popular “é preciso ensinar a
pescar e não dar o peixe” com o qual concordo, mas temos que levar em conta que
uma pessoa em estado de miséria não tem forças para pescar, primeiro tem que
saciar a fome e depois dar as condições para que ela pesque seu peixe sozinha,
esse é o cerne das políticas assistencialistas tão criticadas pela senhora.
“Senhora PresidentA, mesmo não tendo votado na senhora, torço pelo
sucesso do seu governo como mulher e como cidadã. Mas a maior torcida é para que não lhe falte discernimento, saúde nem coragem para
empunhar o chicote e bater forte, se for preciso.
A primeira chibatada é o seu veto a este Código Florestal, que ainda está muito ruim, precisado de muito amadurecimento e aprendizado. O planeta terra é muito mais importante do que o lucro do agronegócio e a histeria da reforma agrária fajuta que vocês estão promovendo.
Sou fazendeira e ao mesmo tempo educadora ambiental. Exatamente por isto não perco a sensatez. Deixe o Congresso pensar um pouco mais, afinal, pensar não dói e eles estão em Brasília, bem instalados e bem remunerados, para isto mesmo. E acautele-se durante o processo eleitoral que se aproxima. Pega mal quando um político usa a máquina para beneficiar seu partido e sua base aliada.
Outros usaram? E daí? A senhora não é os outros. A senhora á a senhora, eleita pelo povo brasileiro para ser a presidentA do Brasil, e não a presidentA de um partidinho de aluguel, qualquer. Se conselho fosse bom a gente não dava, vendia. Sei disto, é claro.
Assim mesmo vou aconselhá-la a pedir desculpas às outras mães excluídas do seu presente: as mães da classe média baixa, da classe média média, da classe média alta, e da classe dominante, sabe por quê? Porque somos nós, com marido ou sem marido, que, junto com os homens produtivos, geradores de empregos, pagadores de impostos, sustentamos a carruagem milionária e a corte
perdulária do seu governo tendencioso, refém do PT e da base aliada oportunista e voraz. A senhora, confinada no seu palácio, conhece ao vivo os beneficiários da Bolsa-família? Os muitos que eu conheço se recusam a aceitar qualquer trabalho de carteira assinada, por medo de perder o benefício. Estou firmemente convencida de que este novo programa, BRASIL CARINHOSO, além de não solucionar o problema de ninguém, ainda tem o condão de produzir uma casta inoperante, parasita social, sem qualificação profissional, que não levará nosso País a lugar nenhum. E, o que é mais grave, com o excesso de propaganda institucional feita incessantemente pelo governo petista na última década, o Brasil está na mira dos desempregados do mundo inteiro, a maioria qualificada, que entrarão por todas as portas e ocuparão todos os empregos disponíveis, se contentando até mesmo com a informalidade. E aí os brasileiros e brasileira vão ficar chupando prego, entregues ao deus-dará, na ociosidade que os levará à delinquência e às drogas.”
A primeira chibatada é o seu veto a este Código Florestal, que ainda está muito ruim, precisado de muito amadurecimento e aprendizado. O planeta terra é muito mais importante do que o lucro do agronegócio e a histeria da reforma agrária fajuta que vocês estão promovendo.
Sou fazendeira e ao mesmo tempo educadora ambiental. Exatamente por isto não perco a sensatez. Deixe o Congresso pensar um pouco mais, afinal, pensar não dói e eles estão em Brasília, bem instalados e bem remunerados, para isto mesmo. E acautele-se durante o processo eleitoral que se aproxima. Pega mal quando um político usa a máquina para beneficiar seu partido e sua base aliada.
Outros usaram? E daí? A senhora não é os outros. A senhora á a senhora, eleita pelo povo brasileiro para ser a presidentA do Brasil, e não a presidentA de um partidinho de aluguel, qualquer. Se conselho fosse bom a gente não dava, vendia. Sei disto, é claro.
Assim mesmo vou aconselhá-la a pedir desculpas às outras mães excluídas do seu presente: as mães da classe média baixa, da classe média média, da classe média alta, e da classe dominante, sabe por quê? Porque somos nós, com marido ou sem marido, que, junto com os homens produtivos, geradores de empregos, pagadores de impostos, sustentamos a carruagem milionária e a corte
perdulária do seu governo tendencioso, refém do PT e da base aliada oportunista e voraz. A senhora, confinada no seu palácio, conhece ao vivo os beneficiários da Bolsa-família? Os muitos que eu conheço se recusam a aceitar qualquer trabalho de carteira assinada, por medo de perder o benefício. Estou firmemente convencida de que este novo programa, BRASIL CARINHOSO, além de não solucionar o problema de ninguém, ainda tem o condão de produzir uma casta inoperante, parasita social, sem qualificação profissional, que não levará nosso País a lugar nenhum. E, o que é mais grave, com o excesso de propaganda institucional feita incessantemente pelo governo petista na última década, o Brasil está na mira dos desempregados do mundo inteiro, a maioria qualificada, que entrarão por todas as portas e ocuparão todos os empregos disponíveis, se contentando até mesmo com a informalidade. E aí os brasileiros e brasileira vão ficar chupando prego, entregues ao deus-dará, na ociosidade que os levará à delinquência e às drogas.”
D.
Martha, sobre o veto ao código florestal, concordo que deve haver mais
esclarecimento e debate sobre o assunto.
Peço
licença para chamar-lhe a atenção D.
Martha, mas a senhora fez uma alusão em sua carta que a nossa presidente
governa para um “partidinho de aluguel”, esse é discurso amargurado de quem não
tem argumentos para defender suas teorias. Não precisa gostar das propostas do
PT, pode discordar e debater seus projetos de governo, aliás, é na diversidade que aprendemos, que crescemos,
mas chamar um dos maiores e mais importantes partidos de nossa história de “partidinho
de aluguel” mostra todo o preconceito arraigado na senhora em relação ao
partido. Preconceito nunca é positivo. Coisa Feia!
Não
me senti excluída do presente do dia das mães, confesso que fiquei emocionada
com o discurso de nossa presidente, senti que ali havia uma grande estadista e
grande mulher que olha com carinho e discernimento necessário para aqueles que
mais sofrem nesse país. E confesso que, como assalariada que sou, fiquei
esperançosa de ver os preços da cesta básica caírem, isso faria uma grande
diferença no meu orçamento familiar, mas como já relatei acima isso não
aconteceu e não foi por má vontade do governo, não é?
Ah!
D. Martha, mais uma vez o ataque voraz aos programas sociais do governo. Eu
particularmente conheço muitos beneficiados do bolsa-família, são pais e mães
de meus alunos, e são trabalhadores, pessoas honestas e batalhadoras, mas que
ainda precisam da ajuda do bolsa-família para dar uma vida um pouco mais digna
a seus filhos. Mas , para ajudá-la a refletir sobre os projetos sociais do
governo, com base em dados concretos e não em visões preconceituosas ou
maniqueístas sugiro a leitura deste artigo produzido após relatório da ONU que
elogia as ações sociais brasileiras e sugerem que elas sejam seguidas por
outros países em igual ou pior situação de miséria. Entenda D. Martha, que não são
para Finlândia. http://www.valor.com.br/brasil/3045518/acoes-sociais-fazem-relevancia-do-brasil-crescer-no-exterior-diz-onu
“Quem cala, consente. Eu não
me calo. Aos setenta e quatro anos, o que eu mais queria era poder envelhecer
despreocupada, apesar da pancadaria de 1964. Isto não está sendo possível. Apesar de ter lutado a
vida toda para criar meus cinco filhos, de ter educado milhares de alunos na rede pública, o País que eu vou legar aos meus
descendentes ainda está na estaca zero, com uma legislação
que deu a todos a obrigação de votar e o direito de votar e ser votado, mas gostou da sacanagem de manter a maioria silenciosa no ostracismo social, alienada e desinteressada de enfrentar o desafio de lutar por um lugar ao sol, de ganhar o pão com o suor do seu rosto. Sem dignidade, mas com um título de eleitor na mão, pronto para depositar um voto na urna, a favor do político paizão/mãezona que lhe dá alguma coisa. Dar o peixe, ao invés de ensinar a pescar, est a foi a escolha de vocês. A senhora não pediu minha opinião, mas vai mandar a fatura para eu pagar. Vai. Tomou esta decisão sem me consultar. Num país com taxa de crescimento industrial abaixo de zero, eu, agropecuarista, burro-de-carga brasileiro, me dou o direito de pensar em voz alta e o dever de me colocar publicamente contra este cafuné na cabeça dos miseráveis. Vocês não chegaram ao poder agora. Já faz nove anos, pense bem! Torraram uma grana preta com o FOME ZERO, o bolsa-escola, o bolsa-família, o vale-gás, as ONGs fajutas e outras esmolas que tais. Esta sangria nos cofres públicos não salvou ninguém? Não refrescou niente? Gostaria que a senhora me mandasse o mapeamento do Brasil miserável e uma cópia dos estudos feitos para avaliar o quantitativo de miseráveis apurado pelo Palácio do Planalto antes do anúncio do BRASIL CARINHOSO. Quero fazer uma continha de multiplicar e outra de dividir, só para saber qual a parte que me toca nesta chamada de capital. Democracia é isto, minha cara. Transparência. Não ofende. Não dói.”
que deu a todos a obrigação de votar e o direito de votar e ser votado, mas gostou da sacanagem de manter a maioria silenciosa no ostracismo social, alienada e desinteressada de enfrentar o desafio de lutar por um lugar ao sol, de ganhar o pão com o suor do seu rosto. Sem dignidade, mas com um título de eleitor na mão, pronto para depositar um voto na urna, a favor do político paizão/mãezona que lhe dá alguma coisa. Dar o peixe, ao invés de ensinar a pescar, est a foi a escolha de vocês. A senhora não pediu minha opinião, mas vai mandar a fatura para eu pagar. Vai. Tomou esta decisão sem me consultar. Num país com taxa de crescimento industrial abaixo de zero, eu, agropecuarista, burro-de-carga brasileiro, me dou o direito de pensar em voz alta e o dever de me colocar publicamente contra este cafuné na cabeça dos miseráveis. Vocês não chegaram ao poder agora. Já faz nove anos, pense bem! Torraram uma grana preta com o FOME ZERO, o bolsa-escola, o bolsa-família, o vale-gás, as ONGs fajutas e outras esmolas que tais. Esta sangria nos cofres públicos não salvou ninguém? Não refrescou niente? Gostaria que a senhora me mandasse o mapeamento do Brasil miserável e uma cópia dos estudos feitos para avaliar o quantitativo de miseráveis apurado pelo Palácio do Planalto antes do anúncio do BRASIL CARINHOSO. Quero fazer uma continha de multiplicar e outra de dividir, só para saber qual a parte que me toca nesta chamada de capital. Democracia é isto, minha cara. Transparência. Não ofende. Não dói.”
Mais do mesmo, não é D.
Martha? Novamente um discurso raivoso, preconceituoso e baseado no achismo e
senso comum de uma elite que vive longe dos rincões desse país. Não vou cometer
o mesmo erro e usar os mesmos argumentos já apresentados anteriormente. Só
quero ressaltar que há uma crise mundial e o Brasil tem conseguido enfrentá-la
muito bem, aliás, não foi à toa a escolha de um brasileiro para presidir a OMC,
fato inédito na história dessa instituição. As taxas de crescimento do país e
da produção industrial apresentam boas perspectivas, veja as projeções feitas a
partir dos índices apresentados até o momento no site http://economia.estadao.com.br/noticias/economia-brasil,analistas-mantem-projecao-para-crescimento-em-2013,149035,0.htm.
“Ah, antes que eu me esqueça, a palavra certa é PRESIDENTE. Não
sou impertinente nem desrespeitosa, sou apenas professora de latim, francês e
português. Por favor, corrija esta informação. Se eu mandar esta correspondência pelo correio, talvez ela pare na
Casa Civil ou nas mãos de algum assessor censor e a senhora nunca saberá que
desagradou alguém em algum lugar. Então vai pela internet. Com pessoas públicas
a gente fala publicamente para que alguém, ciente, discorde ou concorde. O
contraditório é muito saudável. Não gostei e desaprovo o BRASIL CARINHOSO. Até o nome me incomoda.
R$2,00 (dois reais) por dia para cada familiar de quem tem em casa uma criança de zero a seis anos, é uma esmolinha bem
insignificante, bem insultuosa, não é não, dona Dilma? Carinho de presidentA da república do Brasil neste momento, no meu conceito, é
uma campanha institucional a favor da vasectomia e da laqueadura em quem já produziu dois filhos. É mais creche institucional e
laica. Mais escola pública e laica em tempo integral com quatro refeições diárias. É professor dentro da sala de aula, do laboratório,
competente e bem remunerado. É ensino profissionalizante e gente capacitada para o mercado de trabalho.”
D. Martha, a senhora tem toda
razão, o correto é PRESIDENTE e não Presidenta, mas peço liberdade poética para
a senhora e para outros doutos da Língua Portuguesa para chamar minha
presidente de PRESIDENTA, ela merece esse carinho meu.
Campanha Institucional a favor da
vasectomia e laqueadura? Em todos os lares ou só nos dos pobres? A senhora teve
cinco filhos, não é mesmo? Minha mãe também, aliás, sou a 4ª filha, se isso já existisse em 1969
eu não estaria te respondendo essa carta, seria uma alívio para muitos não? Tudo
bem, acho que compreendi que a senhora
se refere ao projeto de planejamento familiar, não é mesmo? Nisso ambas
concordamos, é necessária política pública séria nesse sentido, mas propor
vasectomia e laqueadura me remete a soluções fascistas para resolver questões
sociais. Acredito, de verdade, que a senhora quis dizer que o SUS deve oferecer vasectomia e laqueadura. É bom deixar claro, não é?
Mais creches, mais escolas, todas
públicas, laicas e com qualidade é o que todos queremos. Concordo com a
senhora!
“Eu podia vociferar contra os descalabros do poder público, fazer
da corrupção escandalosa o meu assunto para esta catilinária. Mas não. Prefiro me ocupar de algo mais grave, muitíssimo mais grave, que é um
desvio de conduta de líderes políticos desonestos chamado populismo, utilizado para destruir a dignidade da massa ignara. Aliciar
as classes sociais menos favorecidas é indecente e profundamente desonesto. Eles são ingênuos, pobres de espírito, analfabetos,
excluídos? Os miseráveis são. Mas votam, como
qualquer cidadão produtivo, pagador de impostos. Esta é a jogada. Suja.
qualquer cidadão produtivo, pagador de impostos. Esta é a jogada. Suja.
A televisão mostra ininterruptamente imagens de desespero
social. Neste momento em todos os países, pobres, emergentes ou ricos, a população luta, grita, protesta, mata, morre, reivindicando oportunidade de
trabalho. Enquanto isto, aqui no País das Maravilhas, a presidente risonha e ricamente produzida anuncia um programa de estímulo à
vagabundagem. Estamos na contramão da História, dona Dilma!
Pode ter certeza de que a senhora conseguiu agredir a
inteligência da minoria de brasileiros e brasileiras que mourejam dia após dia para sustentar a máquina extraviada do governo petista.
Último lembrete: a pobreza é uma consequência da esmola. Corta a
esmola que a pobreza acaba, como dois mais dois são quatro. Não me leve a mal por este protesto público. Tenho obrigação de protestar, sabe
por quê? Porque, de cada delírio seu, quem paga a conta sou eu.”
Esta catilinária deveria sim ser
para denunciar a corrupção desse país que é uma das maiores do mundo. Mas não!
A senhora prefere responsabilizar os projetos de inclusão social como a
verdadeira mazela desse país. Minha senhora, seu discurso todo culpa o pobre
pela pobreza, culpa a esmola pela pobreza. Desculpe-me, com todo o respeito
pela sua idade e sua trajetória de vida, sinto lhe dizer que, ou a senhora é
mal intencionada, o que não quero acreditar, ou falta-lhe visão de mundo e
conhecimento histórico. Sua frase “corta a esmola que a pobreza acaba” me fez
rir, afinal há 500 anos o Brasil tem pobreza, desde o início de nossa
colonização já se formaram os grupos sociais bem nítidos de exploradores e
explorados o que só tendeu a crescer no decorrer dos séculos. A pobreza no
Brasil não é fruto do Lula ou da Dilma, nem do FHC, é histórica e deve ser
combatida com políticas sérias de inclusão social e um primeiro passo, que
deverá vir acompanhado de investimentos em educação, saúde, cultura etc., são
as políticas assistencialistas. É emergencial. Aliás, proponho uma reflexão em
sua frase: se é a esmola que gera a pobreza, alguns países da África, ou o
Haiti, são como são por que recebem
esmolas?
Pesquise mais sobre o assunto,
fica a dica!
Hoje li um artigo num blog sobre a questão da
desigualdade social na Holanda e a
questão da violência que sugiro que a senhora leia, vale a pena http://blog.daniduc.net/2009/09/14/da-relacao-direta-entre-ter-de-limpar-seu-banheiro-voce-mesmo-e-poder-abrir-sem-medo-um-mac-book-no-onibus/
D. Martha, não leve a mal minha
resposta pública. Sei que sua carta não é endereçada a mim, mas ao partilhá-la
na internet ela se torna um documento público, portanto passível de
contestação.
Professora Mirtes L. Castro
09/05/2013
09/05/2013
CARA.. A VELHINHA detonou.... me recuso a comentar qualquer coisa a mais.. a D. Martha (não a lunática ministra)u.. ela pode até ser preconceituosa ... mas quem não o é em alguma parte da vida mediocre que levamos, quantos aqui já vi fazendo piadinhas sobre são paulinis bambis (homossexuais?) e so fossem, são menos que negros, marelos, heteros e afins???"
ResponderExcluira pobreza é uma consequência da esmola. Corta
a esmola que a pobreza acaba, como dois mais dois são quatro.
Não me leve a mal por este protesto público. Tenho obrigação de
protestar, sabe por quê? Porque, de cada delírio seu,
quem paga a conta sou eu.
Você esteve onde nos últimos 20 anos?
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ResponderExcluirAndré Rolin acho que não leo o texto todo e não viu os avanços.
ResponderExcluirÉ mais um individualista, preocupado somente com o seu umbigo e dinheiro.
"Corta a esmola que a pobreza acaba" , deve esta fazendo referência ao bolsa família.
Antes não tinhamos a esmola e o índice de GINI só aumentava.
Agora com a esmola o índice de GINI só diminui, gera mais renda, movimenta a economia(somos o 6 hoje no mundo).
Sem falar que 12% do total dos assistidos pelo bolda família sairam do programa por AUMENTO DE RENDA, foram mais de 13.8 milhões de pessoas ou 1.7 milhões de famílias.
Assim Não meleve a mal por este protesto público.
Como não sigo oseu racínio maniqueista e curto do 2+2=4, mesmo sendo engenheiro(matemática só é exata em conta de quitanda(algébrica)). Tenho meu direito de protestar, sabe por quê? Porque devido a cada limitação, preconceito e individualismo que tens e o semelhante paga a conta.
Vivemos em comunidade, a pobreza de um vai refletir de alguma forma em vc.
Pense mais no seu próximo e saia deste individualismo doente, acho que sera mais feliz.......
Parabéns Mirtes, pela contestação tão cheia de informações verídicas e com fundamentos. Aplaudiria você de pé se fosse o caso. Você lavou minha alma e limpou minha garganta que estava entalada com esse texto desta nazista dona Martha. Muito obrigada! Um grande abraço.Cláudia Santiago
ResponderExcluirObrigada Claudia.
ResponderExcluirEu também estava "engasgada" com essa carta.
Abraços
meu nome é Fernanda tenho 27 anos e 4 filhos , recebo o bolsa família, que me ajuda muito ,mais não esta sendo o suficiente para dar canta das minhas responsabilidades, pois tenho uma filha deficiente física e devida a essa filha não posso trabalhar , pois ela depende de mim pra tudo.ela já esta com 12 anos e os gastos se redobraram .ela já esta mocinha e nem si quer posso pensar em casar pois tenho muito medo devido ao problema dela , ela não fala ,gostaria de participar do programa brasil carinhoso muito. desde já mu muito obrigado e desculpe. pois realmente eu preciso.pois ate os remédios que ela toma tenho que comprar todos pós no posto esta em falta [tegretol ela toma 4 por dia no mes são 13 cartelas[e gardenal esta muito dificil pra mim , se eu pudece pelo menos trabalhar mais nao posso
ResponderExcluir.