domingo, 10 de novembro de 2013

Indignação com a correção da prova dissertativa - prova do mérito 2013

Olá colegas, diante da indignação de muitos professores com a nota da prova dissertativa, recebemos a colaboração do Prof. Bene França da DRE de Sumaré. Leiam a sugestão dele e a carta que o mesmo já enviou, ele autoriza a cópia da mesma. 
Abraços a todos!
Mirtes


Estimados e estimadas docentes 
Faço o seguinte convite aos docentes reprovados na Prova do Mérito de 2013, pois, segundo o Edital, não há espaço formal para recursos. No entanto, há espaço para a coletividade pensante manifestar a indignação, a revolta e, ao mesmo tempo, a tristeza, pois a VUNESP, a SEE/SP e o governo paulista tolheram o nosso direito de se ter 10,5% de reajuste retroativo a Julho de 2013.
Já está perdido, pior não pode ficar. Por isso, se alguém desejar, peço para que se faça o seguinte:
1) Pode reproduzir o texto que eu fiz;

2) Envie o texto com os seus dados para:
a) http://www.vunesp.com.br/fale.aspx

3) A mudança só é possível quando fazemos alguma coisa.
Abraços e que tenhamos boa sorte.
Benê França

O texto que fiz segue-se abaixo:

Sou docente da Rede Pública do Estado de São Paulo, professor PEB II, de Filosofia, lotado na EE João Franceschini, vinculada à Diretoria Regional de Ensino (DRE) de Sumaré, e gostaria de externalizar meu absoluto descontentamento com o resultado do processo de promoção do quadro de magistério de 2013, certame preparado pela Fundação VUNESP, no qual não obtive êxito na parte dissertativa.
Embora conste no Edital que não há interposição de recurso para a avaliação dissertativa, creio que, por inexistir critérios pedagógicos, parâmetros linguísticos, lexicais e/ou semânticos, competências e habilidades, à avaliação da resposta discursiva do candidato, elementos mínimos exigidos para esta correção, penso não ser possível ao candidato saber, com precisão, o que se deve apresentar como resposta válida à proposição formulada como Questão Dissertativa, para que nas próximas edições, o meu equívoco, pelo menos, não se repita, com prejuízo financeiro.
Por outro lado, diferente das questões objetivas, em que há um gabarito oficial, na indagação dissertativa proposta pela Fundação VUNESP, com a ausência de critérios controladores de correção, cria-se um imensurável espaço para correções subjetivas e idiossincráticas, o que gera desconfiança da parte avaliada, em função da ausência de parâmetros avaliativos específicos.
Não obstante, o que me causou verdadeiro estranhamento é que vários docentes da unidade escolar onde leciono, a qual é citada acima, terem recebido a mesma nota na prova dissertativa e, por conta própria, ao recorrer a outros docentes da mesma DRE quão ingrata foi a minha surpresa em saber que muitos reprovados da Faixa 3 para a Faixa 4 também receberam a mesma pontuação, ou seja, 4,0 (quatro).
Em termos estatísticos é bem provável que isso de alguma maneira aconteça, todavia, em termos pedagógicos, mais de 25 avaliados obterem a mesma nota, é no mínimo uma situação estarrecedora, sobretudo pelo fato de vários destes serem articulistas de jornais importantes da região metropolitana de Campinas e serem docentes há mais de 18 anos da rede pública de ensino paulista.
Além de manifestar a minha insatisfação, gostaria que esta Secretaria Estadual de Educação do Estado de São Paulo se posicionasse sobre esta manifestação formal.
Muito agradecido.
Benedito Luciano Antunes de França – Mestre em Filosofia 

4 comentários:

  1. Olá prof. Benê, vc já postou isto no facebook? Seria interessante pq poderia ser compartilhado. Vejo também que os professores sentem-se envergonhados de falarem q não foram aprovados, pq na diretoria de ensino que pertenco (DE de Catanduva) onde passaram da faixa 1 para a 2 - 33 professores e acredito que nesta diretoria deva ter em média 1.000 professores na ativa, pq esta diretoria de ensino abrange muitos municípios.Fala-se tanto em democracia e não sei pq as pessoas sentem tanto receio de falar, postar, de lutar realmente. Vou imprimir sua folha e colocar no mural da sala dos professores e também postar no facebook, quem sabe...

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  2. Não tenho Facebook, mas eu o autorizo a postar a mensagem na íntegra, se for o caso.
    Abraços.
    Benê França

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  3. A parte dissertativa da prova de "mérito" funciona como gatekeeper para controlar a quantidade de professores que receberão o "aumento".

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