quinta-feira, 7 de abril de 2011

O Brasil em luto

Ontem estava pensando em qual seria o post de hoje: politicas públicas, vestibulares, desvalorização do magistério, enfim, mil ideias se passavam na minha cabeça. Mas uma tragédia mudou meus planos. 
Sabemos que o que ocorreu na escola do Rio de Janeiro poderia acontecer em qualquer parte do mundo, aliás como já aconteceu em outros países (quem não se lembra de Columbine?). Mas, quando acontece tão perto de nós, quando vemos nossas crianças senso alvo de um maluco, o sentimento de dor é muito grande. 
Vivemos num mundo violento, nossas cidades são violentas, muitas de nossas crianças convivem em lares violentos e, são as crianças  as maiores vítimas da violência doméstica no Brasil. Atos execráveis!
E hoje a violência nua e crua invadiu os muros da escola.
O Brasil  ficou chocado diante do massacre de crianças dentro de uma escola no Rio. É impossível ficar alheio a isso, afinal, a escola é o espaço de construção da paz, é o local onde se deve vivenciar um clima de harmonia, de respeito ao próximo , de construção de um mundo melhor, ou seja, a escola deveria ser sempre o local onde "cuidamos" da alma do nosso país. Nossas crianças merecem isso! Por isso a violência de hoje é tão chocante. O assassino feriu nossa alma. 
Concluindo, a escola, apesar de todos os problemas que enfrenta , é o local onde os pais depositam aquilo que tem de mais precioso, os seus filhos, na certeza e esperança que ali receberão um tratamento digno, que aprenderão coisas novas e serão crianças plenas desenvolvendo suas habilidades.O massacre de hoje nos faz pensar em que caminhos segue a humanidade, em como podemos continuar acreditando num mundo melhor se nossas crianças são brutalmente arrancadas da vida dentro de uma escola?
Chorei. Ainda choro pelas crianças mortas, pelos familiares, pelas crianças que sobreviveram e vivenciaram cenas de tamanha brutalidade. Choro por nós e me compadeço pelos pais dessas crianças.
Mirtes.



                                              

4 comentários:

  1. Realmente prô, eu também me compadeço desses pais e choro por eles, que viram seus filhos antes de sair da escola, e recebem a notícia de que eles estão mortos!! Oro por esse pais e familiares que perderam inocentes crianças...É muito triste mesmo!! O que será das crianças (que graças a Deus sobreviveram), e agora terão que continuar indo à escola com medo, e com aquelas cenas de terror em suas mentes??
    Nathy Suelen

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  2. Oi, Mirtes!
    Me compadeço com a família das vítimas desse ataque, realmente triste. A primeira imagem que me veio à memória foi justamente Columbine, com assustadoras semelhanças!

    Pois bem, mas o que me motivou a comentar foi um outro aspecto, sobre a cobertura jornalística em si. O caso está sendo usado pela grande mídia de forma aleatória, só trazendo elementos emocionais ao invés de racionais e tratando como uma situação isolada, pontual e de culpa do assassino “louco”. Não é. É contextual e é sistêmica.

    O ponto central do debate que pode ser extraído dessa tragédia não é a fragilidade da segurança das escolas, se um atirador pode entrar ou não. Essa pode ser uma preocupação prática, apenas para sanar uma demanda imediata. A questão central é: como o rapaz desenvolveu esse distúrbio? Qual o papel da escola nisso? Um dos fatos importantíssimos que estão sendo minimizados (ou até omitidos em certos casos) e eu citaria é que o rapaz sempre sofreu bullying enquanto estudava naquela mesma escola. () Até que ponto as brincadeiras e os apelidos colaboraram para criar um assassino em potencial? E o que a escola, enquanto instituição complexa que é, fez e faz para trabalhar isso com os jovens?

    Entramos no terreno da convivência com a diversidade, que está sendo um tema esquecido pelas escolas há muito tempo. No terreno do respeito à diferença, que precisa urgentemente ser trabalhado.

    O bullying sempre é tratado pelo viés do “não é tão sério”, tanto que nem se cogita as relações entre as agressões sofridas por ele na infância e os danos psicológicos que o levaram a cometer a barbaridade. Algum psicólogo poderia falar melhor que eu sobre isso, mas quando o rapaz soube que crianças sofriam bullying (parecido inclusive com o que ele sofreu), ele pode ter se projetado, se visto no passado, se identificado com as crianças, e isso pode ter trazido lembranças de dores que estavam adormecidas, junto com uma necessidade de “fazer justiça”.

    Enfim, acredito que a questão central é o impacto que a época de escola tem na formação de um indivíduo. É o modo como a escola encara o papel social dela, que não somente é de reproduzir conteúdos, mas de formar cidadãos. E o caso parece uma ponta de iceberg que está emergindo: as falhas na construção de cidadãos que respeitem uns aos outros. E o desconhecimento, por parte de alunos e até mesmo de educadores, de que qualquer atitude, conteúdo, ação é parte de uma cadeia muito mais complexa.
    Bjs!

    Henri Chevalier

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  3. e mt dor para ser comentada, por isto eu oro e peço a Deus que abençõe nossas crianças e nossos professores de td mal que á nesta Terra...

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  4. Henry, concordo com tudo que vc disse. Infelizmente, nossa mídia sempre apela para o sensacionalismo, que é o que dá ibope. Tratar com mais seriedade e profundidade os probemas citados por vc é fundamental para começarmos a repensar o papel da educação nesse país (no mundo!), mas nem nossa mídia e nem nossa sociedade parecem estar preocupados com isso, afinal, contar o numero de mortos é mais interessante que analisar os "por quês" ....

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